quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Forma de Energia

(Ouvindo NICO Touches The Wall - Diver)

Faz tanto tempo que não ouço mais falar de você
como se isso fosse um ato impensável de um ser
e a cada momento que me perco, os dias parecem mais escuros
as vezes sinto tanto medo de dormir e nunca mais acordar...

Então vejo uma vela acesa em cima da mesa
confortando minhas noites geladas em casa

Para mim as noites com você
eram claras e cheias de chamas
que nos
envolviam
em um doce calor ambar...

Agora só escuto o vento na janela
tentando apagar a luz da minha vela
acesa
tentando
não se entregar...

Se eu vim até aqui
não irei mais retornar
em meu coração eu sinto um pulsar
que motiva meus passos a sempre caminhar

Ouço alguma coisa estranha acontecendo
e diante de meus olhos a luz se enfraquecendo
a chama da vela não vai mais aguentar...


Leve tudo com você
eu não quero mais lutar
já se foi o tempo em que eu me preocupava
sabendo que você nem devia ligar
e se você quer saber
aonde eu devo estar
fui lutar por algo que me traga de volta
ao meu lugar


A maça que comi esta noite depois do jantar
me trouxe gostos de uma memória que eu queria esquecer ...

Um doce tom de um toque de lábios ao amanhecer
terminam em lençóis de seda brancos ao entardecer...

Amor é a mais pura forma de energia
quase indestrutível mas nunca imutável
sendo possível que um dia eu ame e odeie você...
Mas como tudo sempre acaba bem no final
ódio é apenas um amor banal
e não significa que não pode mudar...

Palavras são uma forma louca de masoquismo
capazes de ferir e curar ao mesmo tempo
por isso vou esculher as palavras certas para te dizer...


Já não luto por você
mas não vou lhe abandonar
vou sempre deixar uma das mãos estendidas
caso um dia você decida vir segurar
Tudo aquilo já passou
só falta você notar
quando me dei conta quase não acreditei
E pude sentir o sol me banhando em um novo esplendor
renovando meu amor.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Digam que já me fui. Digam que fui-me já.

As vezes quando fico calado
ali no canto acuado
com medo, assustado
não me vejo marcado
no simples de ser

Em uma sociedade acuada
de opinião censurada
com uma voz calada
e uma coragem acovardada

querendo desaparecer

Eu me pergunto
seria esse o mundo
mudo
surdo
cego querendo ver?

As vezes, quando fico calado
penso sozinho no quarto
como seria ficar calado no quarto com você... (Sierepilef)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Princípios

Choveu forte hoje e eu senti uma vontade imensa de te confortar outra vez. Nunca saiu do meu pensamento sua queda pela chuva. Só espero que você tenha alguém pra fazer isso no meu lugar hoje. Se não, eu sempre estarei ali protegendo você. Eu nunca quebro uma promessa.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Meu resplendor azul!

Parece que voltar pra cá é um alívio. Esse diário é bem mais intenso do que pensei. Você se tornou a parte mais feliz da minha vida. Mas agora os altos e baixos viraram montanhas e depressões. Eu quero fazer uma escolha, mas como se ela me afastará de você? Como eu posso lidar querendo você perto e longe ao mesmo tempo. Meu medo idiota está tomando conta outra vez e me tirando da razão. sendo que eu prometi nunca mais cair por ele outra vez. Acho que escrever aqui me ajuda muito. revendo tudo o que aconteceu agora me ajudou a enchergar melhor a situação. Eu amo você, e isso nunca vai mudar. Mas eu sinto em meu coração que tenho de fazer isso. E nós podemos passar por isso juntos! você foi a melhor companheira que eu já tive e está longe de alguém te passar. Então preciso de você mais uma vez comigo, mas diferente agora. Obrigado, agora eu entendi melhor as coisas. Deus realmente manda sinais...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Desabafo

Eu sei que nãi devia, mas eu preciso e quero muito escrever. Eu não consigo entender como você não entende que são esses seus medos bobos que nos afastam. Eu gostava tanto de quando você não estava nem ai, só queria sentir aquele frio na barriga comigo e descobrir como tudo pode ser perfieto com tão pouco. sinto muita falta disso, da menina aventureira que você era. Prefiro muito mais uma garota aventureira do que uma mulher toda resguardada e temerosa. Viva mais, pense depois. e se quiser pensar, pense nisso: amanhã você quer lembrar o que, que se resguardou por um temos sequer, ou que mesmo que algo tenha acontecido, aquele nosso momento vai ser eterno em sua mente?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Livro da Morte - O Casulo

Havia uma vez, em um jardim, uma criança. Pura e simples. Muitas vezes são pessoas assim que minha foice busca para descançar. Mas desta vez foi estranho. Ela não estava atrás do garoto, mas sim de algo bem menor. Bem próximo à ele, havia um casulo. A forma pulpa, já em finalização, de uma larva. Ela já estava em sua forma de borboleta, porém seu casulo ainda estava forte demais, e suas asas não possuiam força o suficiente para quebrá-lo. O menino então se aproximou de onde estava o casulo, e ao notá-lo, ficou observando enquanto a pequena borboleta se agonizava para se libertar. Ainda sem entender o motivo de estar ali, observei também a agonia da borboleta, até que, para minha surpresa, o garoto pega o casulo, e o racha. Eu podia ver em seu rosto que ele sentia o desespero do inseto em não poder se ver livre. Foi aí que entendi o motivo de estar ali naquele momento. Um pouco triste, de fato. Com aquela pequena rachadura, a borboleta foi capaz de quebrar o casulo, que se tornou mais frágil, e então subiu no dedo do menino. Ele observou as asas extremamente coloridas do inseto e sorriu. jogou a mão para cima e observou o inseto batendo as asas. Foi então que o inseto caiu na grama, sobre um formigueiro, e uma agonia ainda maior tomou conta dele, até o último segundo que esperei para que minha foice o cortasse. Pobre garoto, em sua ingenuidade e pureza, quis tentar ajudar, quebrando o casulo para que fosse mais facil para a borboleta se libertar. Mas algumas batalhas precisam ser travadas sozinhas. Não fiquei mais por ali. Tudo o que lembro de ter visto, foi um menino correndo aos prantos, e o restante de um casulo rachado.

domingo, 1 de abril de 2012

Amanda's Book - Capítulo Final - O Fim da Jornada (The End of the Jorney)

Ela sorriu com os olhos de quem não queria ouvir mais nada do mundo.
Caminhou atrás de respostas para as perguntas nunca feitas.
Sentiu o ódio de cada homem por si só, e amou como se não houvesse um amanhã sólido ou impalpável.
De toda a sua dor, ela ainda pode olhar para os céus e sorrir. Abrir os braços e receber o quente calor do sol, que sempre sorriu para ela todos os dias.
Sua alma estava pura, curada. Sabia que o que havia deixado ali era bem mais do que esperava no começo de tudo. E também que a escuridão ainda a seguia. Era uma batalha sem fim. Algo que ela precisava enfrentar. Aprendeu que tudo tem um tempo. Que existem momentos que se é preciso deixar partir. Mas nunca deixar de lutar. Via o sorriso dele fechando a porta, como se fosse um filme. Mas não se encomodava mais. Podia sorrir, pela primeira vez, vendo que tudo realmente estava bem. Eles tiveram algo realmente maravilhoso. Uma história que ela iria passar para frente no decorrer dos anos, quando as rugas se tornarem aparentes. Mas que por enquanto, mantivesse guardada onde só ela poderia alcançar. Dentro de seu coração.
Sente então seus joelhos tocarem o chão, e o cheiro da terra molhada tocar-lhe o nariz. E novamente sorri, dessa vez com mais intensidade. E fala algo que nunca esperou dizer: "Obrigada."
Amanda abre os olhos e encherga o vazio em sua frente, porém desta vez, não é um espaço negro, envolto de dores e tristezas, mas sim azul e branco, com desafios e aprendizados. Um caminho novo. E bem ao fundo se encontra o rosto dele, o homem que uma vez tomou seu coração como jóia, e feriu como espinho, marcando como o fogo. O homem cujo amor sempre será lembrado, com um sorriso entre uma porta se fechando, de uma casa que não era a dela, mas sim daquela que pode tomar seu lugar com orgulho. Ela entendia agora, mesmo sem saber explicar, mas ele estava feliz, até mesmo por dentro dela. E estava na hora de ela ficar também. Aquele sorriso entre uma porta que nunca se fecharia realmente era o que a motivava agora.
Pondo-se de pé, Amanda encara o horizonte vivo a sua frente.
- Está na hora de fazer as perguntas certas. Obrigada por aguentar tudo. - ela olha para o lado e vê o "Imaginário" sorrindo - Mas agora este é um caminho que preciso trilhar sozinha. Eu sempre vou me lembrar de você, como uma parte de mim, que nunca se apaga. E assim como você fez, eu fecho minha porta para você, esperando que você compreenda que ela nunca estará, de fato, fechada. E que por trás dela, você ainda poderá me encontrar sorrindo.
Com o coração ainda apertado ela dá o primeiro passo. É um sentimento diferente. Sua caminhada é leve, e ao mesmo tempo pesada. Ela olha para trás e vê pela última vez o reflexo criado por sua mente, daquele a quem ela tanto amou. Ele sorri.
- Foi bom ouvir sua voz outra vez.
Ela vira o rosto e deixa que seu coração guarde aquela memória para sempre. A luz envolve seu corpo e ela está novamente em seu quarto, encarando o teto. Era impossível explicar como se sentia, mas ela sabia. Sabia o que tinha de fazer dentro de si. E com um impulso ela se levanta da cama e encara a porta. Vai até ela e gira a maçaneta. Da o primeiro passo para fora e sente a doce brisa do primeiro dia. Atrás dela, apenas uma vaga lembrança de um castelo, uma arvore, uma dor, um menino, uma porta, e um sorriso. Guardados para sempre no "Livro de Amanda".

(Sierepilef's - Amanda's Book)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Para que o céu possa ser contruído
Deus precisa seus anjos ter
Talvez seja por isso
que, às vezes, os mais jovens tem de morrer...

[LUTO por Amanda]

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O Imortal - Capítulo 2

Mãe
(Grief and Sorrow)

Desde pequeno, sempre tive um afeto muito grande por meus pais. Minha mãe não foi diferente. Era uma mãe criança, masmo ela nunca querendo admitir isso. Ela me ensinava sempre as coisas antes que os outros pudessem. E por muito tempo eu criei o hábito de descobrir antes de qualquer professor. Eu gostava muito quando chegava até ela e dizia mãe, você sabia disso, ou daquilo?
É claro que ela mentia na maioria das vezes, dizendo que não. Mas eu lembro de algumas vezes em que talvez ela me enganou bem até demais, ou não precisou enganar, foi não sabia de fato. Ela me ensinou, mesmo nunca percebendo, que a música me daria a inspiração para fazer coisas maravilhosas, quando Amor e ódio se tornassem grandes ou pequenos demais. Sentimentos movem pessoas. As vezes longe, as vezes perto. As vezes bem e outras mal. Eu sempre apreciei um bom concerto, mas um calmo. Como as músicas dos desenhos orientais que assistia. Me facianava ver como a música movia meus sentimentos. Ouvi certo dia, "É facil fazer com que um público chore, mas é dificil trazer alegria."
Puis essa afirmação à prova, e por muito tempo achei que fosse falsa. Amava fazer os outros rirem. Ter sorrisos estampados, demonstrando alegria. Até que um dia essa alegria também foi tirada de mim. Ela partiu, e levou tudo consigo. E por muito tempo eu fui entregue à escuridão. Quando se é jovem, o amor se faz cruel. Quando se é velho, o amor se faz necessário. Quando se é os dois, o amor se faz imortal. Nunca gostei de pensar sobre isso, mas hoje não apenas um pensamento. por muito tempo fui um velho dentro de um corpo jóvem. Ela levou minha juventude de mim. Não a culpo, nunca. Talvez essa fosse mesmo a missão dela. Eu ainda não sabia do meu destino naquela época. Envelhecia como todos os outros, mas por dentro algo aconteceu. É dificil de escutar apenas comigo falando. Vou tentar simplificar mais para que fique melhor. Só me dê um momento, certo? Preciso escutar alguma coisa...

O Imortal - Capítulo 1

Prólogo

Tempo... Temo há tanto tempo essa palavra. Há muito que ela me assusta. Tempo. Temo o tempo. Temo a dor. Dor? Qual dor? Toda a dor?
Temo o próprio medo. Senti de tudo, vivi de tudo, e nada me adiantou. Será? É, talvez não.
Eu me lembro das coisas como se fosse ontem. Apesar de ontem fazer tanto tempo. Só não me lembro bem do nome das ruas. Sempre fui péssimo com o nome de ruas. Mas lembro-me bem do começo. Um menino saudável. Forte. Alegre. Mas o que eu mais me estranhei, foi minha capacidade em ver histórias. sempre mais histórias. Inventei histórias. Maquiei histórias. E por muito tempo tentei fazer de mim mesmo, história. Um erro grande... Será?
Eu me lembro dela também. Por muito tempo eu tentei substituíla. Espero que me desculpa por isso um dia.
Lembro-me da minha mãe. Do meu pai. Sempre fazendo influencias em mim. Ainda hoje sinto eles comigo. Mesmo depois dos dias de ausência.
Mamãe sempre me fazendo escutar músicas. "Quem canta isso filho?", "E agora, quem canta aquilo?". Hahahaha... As vezes eu colocava o nome do cantor sempre em último lugar em meus pensamentos, e ela me dizia:
- Assim você acertará apenas na última então.
Você mentiu mãe... Por dias de verdade, você mentiu...
Na minha infância, eu fui um menino um pouco levado. creio que isso é o que toda criança é. Muita energia para gastar em um corpo bastante pequeno. Ainda me lembro também do meu primeiro amor. Giovana. Linda aos meus olhos. Sómente aos meus. Mas amor de criança é ingênuo e puro. Foi uma fagulha que ainda hoje não sei se queimou até se extinguir, ou queima, bem lá no fundo do meu coração. Escondida. Esquecida...
Esquecer...
Nunca fui muito bom com nomes de ruas, verdade. Mas esquecer era o meu maior medo. Ser esquecido. Foi assim a primeira vez. Ela tocou a minha porta. Uma moça. Eu nunca cheguei a ver o rosto dela. Sómente a voz, que minha mãe insistia em fazer decorar nas suas músicas. E essa moça bateu, pedindo nada mais do que um pacote de bolachas pois tinha fome. E seguindo aquilo que fui ensinado, menti.
"Hoje eu não tenho moça, me desculpe."
Nunca me perdoei por isso. Mesmo com minha mãe insistindo em dizer que foi o certo, pois não sabiamos se ela poderia trocar por alguma droga ou algo do tipo. Ainda assim eu não achava correto. Mesmo nunca vendo o rosto dela, eu aprendi a enchergar na voz. E ela tinha uma voz triste. Nunca me envergonhei por chorar como agora. E como chorei assim que repus o interfone no gancho. Lembro-me como se fosse ontem. Chorei, chorei muito.
Me pergunto o que ela teria feito depois daquele dia. Uma esquecida no mundo. Sempre imaginei que a morte era a pior coisa da vida. Bobo fui. Ser esquecido era sim, um castigo muito pior...